Cintos maxi, corsets combinados a calças largas de cós baixo, hoodies com micro-shorts, vestidos de festa cobertos de paêtes, jaquetas puffer justas, uma bolsa-manga-luva, mochilas canguru para bebê, clutch saco de Lays e Kanye West, logo no primeiro look, vestindo uma jaqueta tática escrito Segurança (nos pés sneakers, não flip flops) desfilaram sobre um grande poço de lama, obra do artista espanhol Santiago Sierra. Na trilha, um techno pesado e continuo. Esse foi o desfile de verão 23 da Balenciaga. Tão díficil de definir, que Demna decidiu não explicar mais suas coleções. "Moda é uma arte visual e tudo o que precisamos é que ela seja vista pelos olhos de alguém. Moda, no seu melhor cenário, não precisaria de uma história para ser contada, goste você ou não" diz seu texto distribuido aos convidados. Ainda, segundo sua carta, o que move essa coleção é busca profunda pela verdade, por nossa identidade e individualidade com os pés no chão. A coleção das mais comerciais - e que não apresenta grandes surpresas, reforça a crença do designer de que rótulos fazem cada vez menos sentido, por mais que a velha moda insista ainda em separar o que é luxo do que não é luxo, streetwear, couture, o bom e o ruim. E ele segue levando a Balenciaga da feira ao baile. ✍ @augustomariotti #FFW12anos #balenciaga #demna #pfw #parisfashionweek #ss23 #kanyewest