Em 1961, em Mansoa, na Guiné Portuguesa, o regime do Estado Novo realizou uma cerimónia de batismo de jovens da Mocidade Portuguesa, como parte da sua estratégia de afirmação ideológica nas colónias. Criada em 1936, a Mocidade visava formar a juventude segundo os valores do regime — como disciplina, patriotismo e obediência — promovendo a integração da juventude colonial num projeto imperial comum. O batismo, de carácter simbólico e não religioso, representava um rito de passagem ideológico, onde os jovens assumiam o compromisso com os ideais do Estado Novo.