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um ano atrás, enquanto os guaranis da tekoa iwyty guassú ocupavam a FUNAI de Itanhaém pelo direito a sua terra, três xondaros levaram o @labluxz_ pro morro do corcovado pra projetar nossa luta na montanha. momento importante da minha vida, mas dia a dia da luta índigena pelo direito de existir.
essa terra indígena fica num lugar importantíssimo na formação do BR, ali viveu cunhambebe, ali martim afonso de souza invadiu e padre anchieta traiu de morte os índigenas nas mil canoas que dão o nome de Ubatuba, ali se davam os confrontos e alianças entre tupiniquins, tupinambás, portugueses e franceses, ali se instaura uma ideia de colonização como os portugueses fizeram.
com a expulsão dos franceses de pindorama, essas nações índigenas seriam dizimadas pelos portugueses. desde então, a região foi dominada por homens brancos que desenvolveram a monocultura predatória, que viraram bandeirantes pra matar todo mundo no interior, que criaram portos para receber escravos africanos, que criaram fazendas para a reprodução de escravos após o fim do tráfico negreiro, que fecharam praias pra construir mansões para políticos.
o cinema tb se mobilizou por esses lugares, e em 1999 reconta a saga de hans staden, que morou ali após ser largado pelos portugueses nos anos 1500. e para gravar o filme, os realizadores constroem uma aldeia inteira e chamam indígenas de todo o país para ser figurantes.
entre eles estava o grande AWÁ, que retorna nos anos 2000 pra ver como ficou o set de filmagem. continuava tudo lá, de pé, sem uso, ao que o líder indígena cria, ali, mais uma retomada guarani mbya. a aldeia cinematográfica se converteria em possibilidade/vida pra pessoas que o estado impõe a luta como única forma de existência.
não podia crer que em 2018 teríamos que lutar contra um candidato que dá voz a tantas ações horríveis que aconteceram na formação do brasil. alguém que diz que "em meu governo não vai ter 1 cm de terra pra índio". pros povos indígenas faz mais de 500 anos que é assim, lutar pra existir, lutar é resistir. pra nossa sorte, segue forte essa resistência. contra o colonialismo, pelos corpos dissidentes, seguimos.
#demarcaçãojá
#elenão
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